Matadouro Municipal de Santa Bárbara: mais uma obra paralisada!

Postado por Grupo Ambiental de Santa Bárbara 19 de maio de 2011 Comente!

Obra paralisada: investimento público abandonado há vários anos.

Boa aplicação dos recursos públicos é um atributo que passa bem longe da inacabada obra do Matadouro
Municipal de Santa Bárbara. Do projeto inicial até hoje, seis anos se passaram. O que se vê atualmente no local é mato, lixo e abandono.

Matadouro ao lado  destruidoCom o intuito de fiscalizar e controlar a venda de carnes no município, a Prefeitura Municipal de Santa Bárbara desenvolveu um projeto de legalização do antigo Matadouro Municipal. Para dar início às obras, contratou a empresa “Esmail Alves Pereira” para elaborar o fluxograma do projeto (R$ 7.500,00 em agosto de 2005) e a empreiteira “Engenho Nove Engenharia Ambiental Ltda.” para elaborar o projeto hídrico (R$ 14 mil no final de 2006). Com o projeto em mãos, o Executivo Municipal abriu processo licitatório (Nº 021/2007) na modalidade tomada de preço para selecionar a empresa que iria executar a obra.

Tudo indicava que em breve a cidade contaria com um novo Matadouro Municipal. A Revista Institucional da Prefeitura Municipal, lançada no ano de 2007, prometia que a obra seria a garantia de mais “segurança à saúde do consumidor”. Mas não foi bem isso que aconteceu. Na fase inicial, o prédio que abrigava o antigo matadouro foi parcialmente destruído, ficando inutilizado. A construção do novo matadouro foi iniciada de forma precária, sem placa de identificação da obra e proteção contra roubo e vandalismo. Meses depois tudo já estava paralisado.

Em 2008, mesmo diante do total abandono, o Executivo Municipal novamente publicou na Revista Institucional que a construção do Matadouro Municipal, projetado de acordo com as normas da Vigilância Sanitária, iria “garantir a boa procedência da carne consumida pela população santabarbarense”.

Quase quatro anos depois, a obra ainda não foi entregue à população. O prédio do antigo matadouro está totalmente destruído, a construção que deveria abrigar o novo matadouro foi abandonada na fase inicial e as caixas de passagem servem de criatórios de mosquitos. Para piorar a situação, telhas, fios e outros materiais de construção foram saqueados. Apesar de o local estar em péssimo estado de conservação, sujo e tomado pelo mato, é possível encontrar, mesmo à luz do dia, usuários de drogas escondidos por entre os cômodos abandonados.

Enquanto obras importantes, financiadas por recursos provenientes dos vários impostos pagos pela população, ficam abandonadas, aqueles que deveriam utilizar o Matadouro Municipal encontram locais clandestinos para abate e descarte de ossadas. É o caso da saída do bairro Vista Alegre, um lixão alternativo de restos de animais. O local, situado a poucos metros da avenida principal do bairro, é um verdadeiro cemitério a céu aberto. Situação parecida é encontrada na saída do esgoto doméstico, bem ao lado de onde deveria funcionar o Matadouro Municipal. Por lá são jogados no rio Santa Bárbara, sem qualquer tratamento, tripas e buchadas de animais abatidos nas redondezas.

A situação do Matadouro Municipal engloba dois problemas críticos que merecem rápida atenção das autoridades públicas. Se por um lado o dinheiro público foi irresponsavelmente abandonado, por outro a população santabarbarense ainda permanece sem a devida fiscalização dos animais abatidos no município. Certo é que o término da obra, em uma rápida tentativa de aproveitar o investimento que já foi feito, seria a solução para ambos os problemas.

Galeria de Fotos - Matadouro Municipal de Santa Bárbara

Clique nas imagens para ampliar.


Irresponsabilidade, ingerência e desrespeito. Enquanto a obra de construção do Matadouro Municipal está abandonada, a população de Santa Bárbara é obrigada a adquirir carnes de animais abatidos clandestinamente e sem qualquer inspeção de sanidade, colocando em risco a saúde pública. Será que o prefeito Timbira consome das carnes desses animais abatidos indiscriminadamente no meio do mato?

Saúde Pública: ossadas no meio do mato denunciam que carne vendida na cidade podem ser provenientes de animais abatidos indiscriminadamente.

Reportagem originalmente publicada no Jornal Impacto, Edição 154, 1ª Quinzena de Abril/2011 – 03 a 17 de abril de 2011.

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