A Serra do Gandarela foi assunto para cinco páginas da revista H2O Brasil. A preocupação com a causa ambiental foi o foco do editorial da edição de abril/maio deste ano.
“Empreendimentos de significativo impacto social e ambiental têm investimentos muito maiores do que o orçamento público de pequenos municípios e passam a exercer um fascínio que tende a se esprair por todos os setores da vida.
A responsabilidade social e ambiental é uma postura ética diante da sociedade. E aí entram as eleições para testar a profundidade e a coerência da cultura política democrática, de parâmetros não-clientelistas e não-patrimonialistas de relacionamento empresa-sociedade e empresa-poder público”.
A revista está disponível para download aqui. Vale pena conferir a reportagem “Parque ou Mina”.
Relicário Minado: vida ou destruição
O Danilo Chammas, editor do blog Relicário Minado, postou no dia 8 de junho convite para que seus leitores participem da Audiência Pública que irá discutir o Projeto Mina Apolo em Belo Horizonte.
“Venha e participe! Não deixe para outro aquilo que também lhe compete. Diga não à destruição, diga sim à água e à vida.”
No texto, ele aborda com bastante clareza o conflito gerado pelo empreendimento da empresa Vale S. A e a luta pela criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela. Confira abaixo trechos do artigo:
“A presença de todas e todos se faz necessária devido à extrema importância da Serra do Gandarela, região ambientalmente mais preservada de toda Região Metropolitana de Belo Horizonte, rica em biodiversidade, paisagens e águas, importantíssima para a manutenção da qualidade das águas das bacias dos rios das Velhas e Piracicaba, servindo à população de Belo Horizonte e de várias outras cidades.
Dois projetos se colocam neste momento: o de uma mineração, ancorada no poder econômico e em uma forma de intervenção destruidora de ambientes naturais e com enorme potencial de desestruturação social; e o do Parque Nacional Águas da Serra do Gandarela, garantidor do equilíbrio natural, da biodiversidade, da preservação das águas, local de lazer, estudos científicos e de uma sustentabilidade por prazo indefinido - não somente por dezessete ou vinte anos, como quer a Vale com seu empreendimento.
Esta é a hora de retomarmos a soberania e a vontade política da sociedade sobre o que queremos e pensamos para a natureza e estabelecermos um marco que ponha limite às atividades predatórias que vêm consumindo boa parte desta região riquíssima em ambientes naturais (mata atlântica, campos rupestres, cachoeiras, horizontes) e culturais-históricos. Neste processo, impõe-se a contestação do sistema político-econômico que não protege o valor natural da nossa terra, que subtrai e exporta suas riquezas, deteriorando e colocando a vida de nossa região e do planeta em risco.
Grandes corporações, como a Vale, só se preocupam com seus lucros. Desenvolvimento sustentável e responsabilidade social foram incorporados ao seu discurso para validar estes propósitos. Infelizmente, temos visto um Estado se esquecer de suas funções públicas e se associar a tais projetos, tornando assim tendenciosa a política ambiental, por desconsiderar outros atributos do nosso chão, como a sua capacidade de guardar e servir-nos de água, de ancorar outra forma de desenvolvimento – duradoura, respeitosa com as paisagens e propícia à qualidade de vida de todos os que aqui vivem e trabalham. Que a vontade dos que se colocam a favor da vida e do futuro seja ouvida e acatada.”
Nilmário Miranda levantou a bandeira: todo apoio ao Parque Nacional da Gandarela
O presidente da Fundação Perseu Abramo, órgão de estudo do Partido dos Trabalhadores, declarou em seu blog que é totalmente favorável à criação do Parque Nacional do Gandarela. Segundo ele,
“Esta serra é um santuário na APA SUL MBH. Está entre as serras do Caraça e Piedade e pega Barão de Cocais, Caeté, Santa Bárbara, Rio Acima, Raposos, Itabirito. É a ultima área bem preservada de toda a região. A mineração é a grande ameaça, já que as serras da APA SUL estão sendo degradas.”
“Gandarela é grande reservatório de água; é o maior manancial do Rio das Velhas e é importante para o abastecimento da região metropolitana de BH.”











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