Um dos minerodutos da empresa de mineração Samarco, que transporta minério de Minas Gerais para o Espírito Santo, se rompeu na altura no Rio São Sebastião, no município de Espera Feliz, na Zona da Mata, na madrugada deste domingo (25).
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Apesar da empresa alegar que a mistura de lama, minério de ferro em pó, óxido de alumínio e cal não é tóxica, o vazamento já causou a mortandade de milhares de peixes desde a madrugada do último sábado, por cerca de oito quilômetros. A captação de água para abastecimento público também foi interrompida pela Copasa. A prefeitura da cidade pediu aos moradores que economizem água e não utilizem o rio. Os produtores rurais da região foram instruídos a impedir os animais de beberam água dos rios São Sebastião, São João e Caparaó, que estão contaminados.
"Estamos com centenas de peixes mortos boiando no rio, que está com a água contaminada, com a cor igual a de chocolate. Um pouco abaixo do São Sebastião existe a confluência dos três estados Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, por isso, a mancha já deve estar chegando nas cidades mais próximas. A empresa diz que não é tóxico, mas muitos peixes estão morrendo", relatou o secretário de Meio Ambiente de Espera Feliz, Renato Milhiolo.
O vazamento aconteceu no duto mais recente da empresa que tem cerca de dois anos, deixando uma mancha vermelha, o que pode ter levado a morte dos peixes por falta de oxigênio na água no rio. Biólogos da empresa defendem que os animais morreram por asfixia e não por envenenamento.
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SISEMA) informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que técnicos da Gerência de Atendimento à Emergência Ambiental foram a Espera Feliz para avaliar os impactos ambientais e a aplicação de penalidades administrativas previstas na lei ambiental por eventuais danos à fauna, flora, solo e recursos hídricos.
O técnico Ronildo Valente, analista do núcleo de emergência ambiental da Feam, vai receber hoje laudos da Samarco Mineração, responsável pelo duto, sobre a composição química do material que caiu no rio. Ele ainda vai buscar os resultados da análise da água feita pela Copasa. As máquinas ainda tentam chegar ao ponto do vazamento, que fica debaixo do rio, para descobrir a causa do acidente e trocar a tubulação.











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